Festejamos hoje, 15 de outubro, o "Dia do Professor". Todos os dias poderiam ser chamados o seu dia, porque o mestre pode ser lembrado durante todos os dias do ano, porque exerce uma influência muito mais decisiva em nossa sociedade do que imaginamos.
O professor precisa encarar a sua profissão como a missão mais alta que se pode confiar ao homem, isto é, formar e educar os homens; é uma missão que responde aos nobres anseios religiosos, patrióticos e humanos.
Poderíamos sintetizar a grandiosidade da missão do professor nestas palavras de Emílio Zola:
"Uma nação valerá o que nela valer o seu professor primário".
Todos nós nos recordamos saudosos do primeiro contato que com ele tivemos na infância. Todos nós nos lembramos da grandeza da sua missão e de quanto lhe devemos na orientação de nossa personalidade. Sem dúvida, o professor merece ser envolvido por nossa gratidão e justiça, numa pálida retribuição às canseiras, às dedicações e aos anseios das grandes horas de amizade e carinho que nos proporcionou.
A professora Cecília Bueno dos Reis homenageada no dia do professor em 1976 declarou:
"O curso primário é a época certa para o plantio das melhores sementes no coração das crianças, garantindo uma futura colheita, farta e feliz".
O grande educador Fernando de Azevedo, proferiu certa feita esta frase que deve ser relembrada no "Dia do Professor":
"A missão mais alta que se pode confiar ao homem é a de formar e educar os homens".
Dostoievsky, o notável romancista russo, afirmou que o ideal do professor deve ser este: tornar o seu discípulo melhor, mas para isto ele precisa ensinar muito mais pelo exemplo do que por preceito.
O Mestre que ensina a ciência sem educar o caráter do discípulo realiza obra incompleta. Vieira declarou que instruir é construir – a inteligência, a cultura e o caráter. O caráter é o alicerce que reveste os jovens e velhos da couraça moral, que os torna invulneráveis nos combates da vida.
Com propriedade declarou Goethe: "O talento se forma na solidão; o caráter, nas tormentas do mundo".
Educar não é apenas ensinar, é dirigir bem a vida do aluno, de tal maneira que ele se torne no futuro um cidadão útil aos seus semelhantes e ao seu país. Educar e preparar o adolescente para a vida prática, descobrir-lhe a vocação e habilitá-lo ao exercício da carreira a que se destina.
Todos aqueles que tratam do problema do magistério insistem sempre na mesma tecla – o professor é muito mal remunerado, embora esta situação seja real e muito agravada no magistério primário em alguns estados do nosso Brasil.
O exercício do magistério não é função mercenária. Nós que exercemos o magistério não nos devemos preocupar com a questão monetária. Mas no mundo em que vivemos, precisamos estar presos a contingências materiais, dirá alguém; embora isto seja real, como educadores devemos librar-nos acima da materialidade deste mundo. O professor que ministra suas aulas apenas pensando na remuneração é um mercenário, quando seu trabalho deve ser um sacerdócio.
A sua missão pode ser quase comparada a um ministério divino, pois se do médico se declara que sua missão é divina – "divinum opus" – a do professor é algo mais divina, porque trata com o espírito, plasma inteligências, isto é, lida com a parte mais nobre do ser humano.
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