domingo, 22 de dezembro de 2013

Duas escolas em Pernambuco serviam merenda vencida, diz PF


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  • Divulgação/Polícia Federal
    Despensa de uma das escolas em que o problema com merenda foi encontrado
    Despensa de uma das escolas em que o problema com merenda foi encontrado
Alunos de duas escolas públicas da cidade de São Lourenço da Mata (a 21 km de Recife) estavam recebendo alimentos vencidos na merenda escolar. A irregularidade foi descoberta durante uma inspeção da PF (Polícia Federal), realizada na última segunda (16) e terça-feira (17).
As escolas de ensino fundamental Cleto Campelo e Padre João Collingnon tinham vários pacotes do produto "flocão de milho", usado para fazer cuscuz, com a data de validade alterada, além de outros produtos impróprios para consumo, como sardinhas e macarrão. 

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O material foi apreendido e vai passar por uma perícia técnica feita pela Apevisa (Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária). O resultado deve sair em 15 dias. 
As apreensões ocorreram durante as investigações decorrentes da "Operação Fastio", deflagrada no último dia 13, no intuito de constituir provas contra os empresários envolvidos.
A Operação Fastio está investigando um esquema fraudulento de licitações na compra de merenda escolar. A suspeita é de que os envolvidos adulteravam alimentos vencidos e de baixa qualidade para fornecer às escolas.
Segundo a PF, as adulterações das datas de validade eram feitas pelas distribuidoras dos alimentos e os responsáveis pelas escolas não sabiam da irregularidade.
O abastecimento das escolas era feito pela empresa M.P. Distribuidor de Produtos Alimentícios Ltda, situada em Camaragibe/PE, que está sendo investigada na Operação Fastio.
Por conta da irregularidade, a Justiça Federal já determinou que as empresas flagradas no esquema das licitações de merenda escolar fiquem proibidas, pelo prazo inicial de um ano, de fazer contrato com qualquer órgão da União, Estados ou municípios. Além da M.P Distribuidora, também estão na mesma situação as empresas A.S Comércio e Representações Ltda, Alves e Souza Distribuidora de Alimentos e W. Gomes B. Souza - todas de Imbiribeira (PE). 
Os empresários e sócios das empresas estão proibidos de abrir novas empresas ou emitir procurações para que terceiros os representem e já foram indiciados pela prática de fraudes a licitações, fornecimento de mercadorias com preços arbitrariamente elevados, falsidade ideológica e formação de quadrilha. Caso condenados, as penas, somadas, podem chegar a 18 anos de prisão.
UOL entrou em contato com a M.P. Distribuidora, na tarde desta quinta-feira (19), mas ninguém atendeu as ligações telefônicas.

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