As informações são do MEC (Ministério da Educação), que nesta quinta-feira (21) anunciou a intenção de zerar as provas dos candidatos que fizerem "gracinhas" nas próximas edições do Enem.
De acordo com o Ministério, os professores afastados tiveram seu trabalho monitorado por supervisores de qualidade, que identificaram desvios. A correção das redações do Enem foi feita virtualmente, por professores com mestrado. Cada um recebia um pacote com 50 redações por dia. Caso finalizassem o primeiro lote, recebiam mais 50 textos, com um limite máximo de 100 por dia. A correção de cada redação garantia um pagamento de R$ 2,35.
A prova de avaliação do ensino médio, que passou ser um megavestibular para as universidades federais, voltou a ser questionada nesta semana após a divulgação de redações com erros de ortografia e concordância que tiveram nota máxima (1.000 pontos).
Dois candidatos também chamaram a atenção pelo deboche em relação ao exame. O primeiro ao incluir uma receita de macarrão instantâneo na redação, cujo tema era imigração, e conseguir 560 pontos. O segundo recebeu a metade da nota possível mesmo tendo incluindo trechos do hino do Palmeiras no texto.
Em entrevista ao UOL, o presidente do Inep (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) - órgão do MEC responsável pela aplicação do Enem -, Luiz Cláudio Costa, disse que a intenção ao anular os textos com conteúdo inadequado é " separar o joio do trigo". "Em respeito ao participante sério. Se esses alunos quiseram testar o sistema, precisamos ser ainda mais rigorosos", disse.
Atualmente, esse tipo de deslize é "altamente penalizado", mas não elimina o inscrito, que não leva nota zero.
Fonte: http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/03/21/mais-de-300-corretores-foram-afastados-do-enem-por-ma-qualidade-diz-mec.htm
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